Thereza de Jesus Carvalho (Terezinha Flores)

Thereza de Jesus Carvalho (Terezinha Flores) nasceu no dia 11 de dezembro de 1876, filha de Francisco Pinto da Silva Carvalho e de Antônia Josefina de Jesus Carvalho.

Casou-se em dezembro de 1896, aos 20 anos, com Benjamim Flores, com quem teve 10 filhos: 7 mulheres (Benjamira, Dagmar, Eunice, Eliza, Graci, Maria de Lourdes e Neide) e 3 homens (Antônio Lorêto, José do Carmo e Moacir da Paz).

Com uma vida de grandes lutas e trabalho, apoiou seu marido em trabalhos de pioneirismo, ligados à filantropia e ajuda ao próximo. Benjamim, esposo de Terezinha foi professor, político e fundador da primeira Escola Profissionalizante para Mulheres, em Belo Horizonte-MG (que tinha como objetivo transformar as mulheres em profissionais formadas, oferecendo a elas oportunidade de se profissionalizarem). Companheiros de muitas lutas, Tereza já desencarnada envia carta ao seu filho Antônio, onde atesta: “… Os corações que se fundem em aliança de amor, jamais se separarão. Mesmo a morte torna-se elo divino, ligando as almas que se amam, para a eternidade. Junto de Benjamim aqui estou, filhos queridos…”

Foi exemplo do amor, da doçura e da felicidade. Extremosa mãe e esposa dedicada, passou pela terra sentindo a doçura dos corações de seus amados filhos, que sabiam compreendê-la por palavras que exprimiam aprimorados dotes de seu nobre coração elevado à culminância da perfeição.

Terezinha enviou várias cartas ao seu filho, o médium Antônio Flores (benemérito, praticante da caridade, considerado um dos pioneiros da nova era do espiritismo).  Psicografadas pelos médiuns Pedro Machado, Raul Carvalho, as cartas relatam seu continuado trabalho no plano superior. Ela diz “…lembre-se, meu filho, de que torna-se mister lapidarmos o espirito resvalando-o nas pedras da estrada, burilando-o, a fim de que as nossas formas espirituais se embelezem, porquanto, a verdadeira beleza que Jesus admira é a do espírito que labora na oficina da dor e sofrimento na terra, aparando as arestas”.

Desencarnada em 30 de janeiro de 1948, aos 72 anos, Terezinha continua a nos ensinar a amar com doçura os nossos semelhantes, para o continuado trabalho na seara do Mestre. Ela nos orienta: “… mesmo que os saltimbancos surjam, espinhos do roteiro nos sangrem os pés e as lanças venenosas da inveja nos cravem o coração, imprescindível é que prossigamos corajosos, porque Jesus caminha à nossa frente”.

Terezinha Flores é mentora de uma das Equipes de Visita ao Lar da Feig.

Fontes:

Cartas a Antônio Loreto Flores (“Aliança de Corações” – psicografada em 19/maio/1950 e “Aperfeiçoamento” – psicografada em 02/abril/1950 pelo médium Pedro Machado, em sessão pública no C.E. Amor e Caridade” – BH/MG);

Wilson Coelho (Centro Espírita Terezinha Flores – Almenara-MG)