A importância das metamorfoses

No livro “Autodescobrimento, uma busca interior”, psicografado por Divaldo Franco, Joanna de Ângelis fala das consequências decorrentes da persistência no processo da reforma íntima. Na página 36, diz a mentora: “A cuidadosa autoanálise, sem caráter exigente nem condenatório, abrirá possibilidades inúmeras para o equilíbrio e ajudará a desenvolver a tolerância em relação aos outros, produzindo harmonia interior. Surgem, então, os desejos de recuperação pelo trabalho e bem orientada canalização das energias, que se transformam em dínamos geradores de força, que propiciam saúde, bem-estar e harmonia”.
Sim! Persistir no autoconhecimento é preciso! Recomeçar sempre é necessário! Aos poucos um precioso jardim é erguido no interior de todo aquele que escolhe o amor como resposta. Cantinhos sagrados e divinos dos jardins interiores! Ó, reino dos céus! Tal como um jardim, é a vida! Plantas podem até vir a morrer, muitas vezes não por falta ou excesso de cuidados, mas pelas condições climáticas do local onde estão abrigadas. Mas humilde é aquele capaz de reconhecer que somente Deus tem o controle de tudo, e é nessa verdade maior onde ele encontra a paz. Através do trabalho na seara bendita do Cristo, as energias são renovadas e o indivíduo apreende novas lições, e principalmente pratica novas lições, principalmente praticando o conhecimento que possui. Galgando novas caminhadas, excelentes oportunidades se revelam ao longo de novas caminhadas rumo à transcendência da alma. E novas flores desabrocham. A vida está sempre mutando, e ela é uma grande extensão de nosso pequeno jardim interior.
Metamorfoses nos impulsionam para a frente, e tudo está sempre a se renovar nos jardins preciosos dessa completude: a vida. Nela, ora perdemos, ora ganhamos, aprendendo valiosas lições para a glória dos céus. Quando, independente da idade que se tem, adiciona-se alegria de viver à existência pessoal, ousando novos caminhos, novas formas de apreender, novas descobertas, desafios e superações, fortalece-se o próprio interior na direção de uma humildade santa, que é a “base de concreto” de qualquer reino dos céus, após a consolidação de um processo de iluminação. É preciso respeitar o caráter metamórfico da vida, seguindo adiante na fé que move montanhas, e nos concede a certeza de que “isso também passará”. Tudo passa, tudo muda, e só o bem permanece.

Denise Castelo Nogueira

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