A depressão na infância e juventude
Palestra de Dr. Roberto Vieira traz reflexão sobre causas, sintomas e tratamento
Palestra de Dr. Roberto Vieira traz reflexão sobre causas, sintomas e tratamento
A depressão é hoje uma epidemia que atinge a todas as classes sociais. Até 2025, ela será uma das três maiores causas de mortalidade. A depressão infantil e em adolescentes, por sua vez, é cada vez mais constante.
De acordo a Associação Brasileira de Psicanálise, cerca de 10% dos adolescentes brasileiros sofrem dessa doença. Em todo o mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este número sobe para 20%.
Para tratar desse tema – A Depressão na Infância e Juventude – a Fraternidade Espírita Irmão Glacus, FEIG, recebeu, no dia 24 de fevereiro, o Dr. Roberto Lúcio Vieira de Sousa, psiquiatra e vice-presidente da Associação Médico Espírita do Brasil, a AME-Brasil.
Os presentes puderam ter acesso a informações, reflexões e ainda participarem por meio de perguntas. Caso você tenha interesse em ver a palestra na íntegra, segue o link no Youtube da FEIG: link
A depressão, segundo o psiquiatra, é fruto da não aceitação do desafio da vida, sendo um acúmulo interno de tristeza, que é uma emoção natural de resposta a uma frustração, decepção ou fracasso. A tristeza estagnada desencadeia essa síndrome, que se apresenta de forma diferente em cada caso, não existindo quadros iguais.
Ela pode ser percebida na infância pela expressão facial e postura corporal. Semblante triste, encolhido, fechado nele mesmo, podendo manifestar inquietação, retraimento, apatia, falta de apetite, explosão de raiva, tristeza e irritabilidade. Dentre os diagnósticos, notam-se até mesmo bebês deprimidos.
No período pré-escolar é possível identificar sintomas depressivos pela fisionomia, falta de apetite e repetição de movimentos que não fazem sentido. Autoagressão ou mutilação. Assim como em adultos, a anedonia, que é a falta de prazer, também manifesta-se nessa fase, assim como vagas queixas de dor.
Indo além, na idade escolar, nota-se irritabilidade, apatia, falta de rendimento e de vontade em fazer atividades recreativas, isolamento e baixa autoestima.
Já na adolescência, a depressão é cada vez mais comum, especialmente entre os 12, 15 e 17 anos. A falta de concentração, explosividade, hostilidade e agressividade podem se manifestar, além do uso abusivo de álcool e drogas.
Segundo o Dr. Roberto, um dos grandes motivos do desencadeamento da tristeza é não compreensão do homem de que a dor e o sofrimento, consequências dos seus próprios erros.
E do esquecimento de que estamos em um momento de transição, a caminho para um mundo de regeneração no qual o bem prevalecerá, e para essa conquista é necessário que o compromisso com o Evangelho de Jesus seja real, aprimorando-se moralmente para o próprio crescimento e assim, estender as mãos aos corações aflitos e carentes.