ALMAS CRUCIFICADAS
“Ampara o livro Espírita em sua função de Mentor da Alma na Cátedra do Silêncio” – Emmanuel/ Chico Xavier – Livro Cura.
TÍTULO DA OBRA: ALMAS CRUCIFICADAS
EDITORA: FEB
AUTOR ENCARNADO: ZILDA GAMA
ESPIRITO: VICTOR HUGO
– TEMÁTICA CENTRAL:
Romance marcado pelo estilo altamente criativo do autor espiritual, que leva sua emoção pelos intricados meandros das paixões humanas. O século das Cruzadas é o palco dos personagens de “Almas Crucificadas”. Um jovem, orgulhoso e prepotente, se apaixona pela esposa do melhor amigo e, na esperança de conquistar a formosa dama, se deixa levar pela inveja, pela ira e compromete a sua reencarnação cometendo um crime. Depois do ato tresloucado vem o remorso. E Deus, que sempre olha por todos, dá a ele uma nova chance de reescrever sua história.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
A obra mostra as consequências do crime na vida futura do protagonista, que reencarna na época das Cruzadas e enfrenta as provações necessárias para sua redenção. A obra traz ensinamentos sobre a lei de causa e efeito, a justiça divina e a misericórdia de Deus, e demonstra que a Justiça divina dá a cada um segundo as suas obras, mas concede ao coração arrependido o amparo necessário para que prossiga na sua luta redentora. A trama gera toda uma gama de psicoses e remorsos que o amor enlouquecido não aplaca. Todas as amargas consequências resultam em sofrimentos e provações que nunca precisariam ter existido.
– PONTOS MAIS RELEVANTES:
Diálogos interessantes sobre a sobrevivência da alma através da mediunidade de uns dos personagens. Manifestação mediúnica de um Espírito dissertando sobre o comprometimento assumido por aquele que viola as leis divinas através do assassinato. O autor descreve uma belíssima viagem astral, percorrendo distâncias incomensuráveis, passando por mundos celestes, como demonstração de misericórdia e o nascer de um fio de esperança que se acende nos corações dos párias do sofrimento, que o Senhor da Vida concede, sob a égide de um Espírito evoluído, que alguns personagens vinculados doravante a reencarnações de retificação, onde haverá choro e ranger de dentes, reconheçam nas belezas do universo, que são também filhos de Deus e merecedores, no momento oportuno, da herança celestial. Como nos informa na Gênese de Kardec cap. VI “O espaço e o tempo”: “Para figurarmos, quanto no-lo permitam as nossas limitadas faculdades, a infinidade do espaço, suponhamos que, partindo da Terra, perdida no meio do infinito, para um ponto qualquer do universo, e isso com a velocidade prodigiosa da centelha elétrica, que percorre milhares de léguas por segundo, e que mal tendo deixado este globo já tenhamos percorrido milhões de léguas, nos achamos num lugar donde apenas divisamos a Terra sob o aspecto de pálida estrela. Passado um instante, seguindo sempre a mesma direção, chegamos a essas estrelas longínquas que mal percebeis da vossa estação terrestre. Daí, não só a Terra nos desaparece inteiramente do olhar nas profundezas do céu, como também o próprio Sol, com todo o seu esplendor, se há eclipsado pela extensão que dele nos separa. Animados sempre da mesma velocidade do relâmpago, a cada passo que avançamos na extensão, transpomos sistemas de mundos, ilhas de luz etérea, estradas estelíferas, paragens suntuosas onde Deus semeou mundos na mesma profusão com que semeou as plantas nas pradarias terrenas. Ora, há apenas poucos minutos que caminhamos e já centenas de milhões e milhões de léguas nos separam da Terra, bilhões de mundos nos passaram sob as vistas e, entretanto, escutai! em realidade, não avançamos um só passo que seja no universo. Se continuarmos durante anos, séculos, milhares de séculos, milhões de períodos cem vezes seculares e sempre com a mesma velocidade do relâmpago, nem um passo teremos avançado, qualquer que seja o lado para onde nos dirijamos e qualquer que seja o ponto para onde nos encaminhemos, a partir desse grãozinho invisível donde saímos e a que chamamos Terra.”
– SOBRE O AUTOR
O autor espiritual, quando encarnado, foi poeta e romancista primoroso. Nasceu na França em 1802. Foi membro da Academia Francesa e autor consagrado da obra “Os miseráveis”, entre outras. Converteu-se ao Espiritismo depois de observar as experiências das mesas girantes, ocasião em que pode comprovar a imortalidade da alma por meio de diversas comunicações mediúnicas, inclusive da sua filha Leopoldina. Desencarnou em 1885.
Por meio da psicografia de Zilda Gama, foi autor de: Na sombra e na luz, Do calvário ao infinito, Redenção, Dor suprema e ainda Párias em redenção e Sublime expiação, pelo médium Divaldo Franco. Sobre a médium – Nasceu em março de 1878 em Juiz de Fora. Por volta de 1912 já era adepta da Doutrina Espírita, “embora não ostensivamente”, como ela própria declara. Em 1912 psicografava a primeira mensagem assinada pelo Espírito de Allan Kardec, que durante os quinze anos seguintes, assumiu a direção de seus labores espirituais. Em 1916, passa a psicografar sua primeira novela, pelo Espírito Victor Hugo, tendo como título “Na sombra e na luz”, seguindo-se outras obras. Retornou à pátria espiritual em 1969, aos 90 anos.
Para os iniciantes na Doutrina Espírita e amantes das histórias romanceadas.