IMPRESSÕES SOBRE A OBRA
– TEMÁTICA CENTRAL:
Entre Dois Mundos aborda a jornada do médium iniciante diante dos desafios espirituais e morais que surgem ao despertar da mediunidade. Com linguagem clara e reflexiva, o autor explora o conflito entre o plano físico e o espiritual, destacando a importância do livre-arbítrio, da responsabilidade e do autoconhecimento. A obra serve como guia para quem busca compreender e desenvolver a mediunidade com ética e propósito, mostrando que o verdadeiro crescimento espiritual exige equilíbrio, estudo e dedicação.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
É uma obra que se destaca por sua abordagem didática e espiritual, voltada especialmente ao público espírita e, em particular, aos que estão iniciando na prática da mediunidade. Com uma linguagem clara e acolhedora, o autor conduz o leitor por uma jornada de autoconhecimento e amadurecimento espiritual, fundamentada nos princípios da Doutrina Espírita.
A estrutura do livro é cuidadosamente construída para acompanhar o desenvolvimento do médium iniciante. Logo nos primeiros capítulos, o autor apresenta os fundamentos do Espiritismo e a missão do médium — estabelecendo uma base sólida para os temas que se seguirão.
Ao longo da narrativa, o leitor é conduzido por situações que ilustram os dilemas, dúvidas e desafios enfrentados por quem desperta para a mediunidade. Esses conflitos são tratados com sensibilidade, revelando os medos e resistências naturais desse processo. A dualidade entre o mundo físico e o espiritual é um dos eixos centrais da obra, refletido no próprio título, e convida à reflexão sobre os valores que orientam nossas escolhas.
– ALGUNS PONTOS RELEVANTES:
“Incrivelmente, têm-se momentos de extrema preocupação, pois não há uma ordem aparente: veem-se espíritos, objetos se movem e desaparecem; luz acende e apaga; televisões desligam; sons diversos; vozes externas; cheiros de toda ordem; chamados; arrepios; respiração ofegante; dores de cabeça; insônia; medo; e a sensação de estar sendo observado por alguém. Diante de tais manifestações, que desafiam a compreensão comum, a busca por auxílio torna-se imperativa.”
“Assim, cada pensamento é uma semente de luz ou sombra, que se transforma em experiência vivida, moldando nossa saúde, nossas emoções e nossa caminhada espiritual.”
“Mais do que discernir ilusões, é a caridade que sustenta o médium em sua caminhada, pois, ao servir, ao consolar e ao oferecer-se como instrumento de bondade, ele projeta formas de luz que repelem a sombra e fortalecem sua própria saúde espiritual.”
“O primeiro requisito para que haja comunicação é a sintonia, ou seja, as frequências vibracionais do espírito comunicante e do médium passam a interagir e aos poucos assimilam-se, a partir desse momento a projeção mental se faz atuante e o médium cede sua psique para que o fenômeno ocorra.”
“Somente com o estudo sistemático do evangelho, que promove a reforma íntima, a prática da caridade, da humildade e da boa vontade – o que pode durar anos na sua educação mediúnica – o médium se qualifica para começar a apresentar-se ostensivamente.”
“É comum a pressa, todo iniciante acredita estar pronto em um pequeno espaço de tempo. Pode-se inferir que no mínimo serão necessários anos de preparo, reuniões, tarefas para a caridade, estudos metódicos e repetitivos para que assimilem corretamente os ensinamentos das obras básicas.”
– O QUE DIZ A DOUTRINA ESPÍRITA:
“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações. As principais são: a dos médiuns de efeitos físicos; a dos médiuns sensitivos, ou impressionáveis; a dos audientes; a dos videntes; a dos sonambúlicos; a dos curadores; a dos pneumatógrafos; a dos escreventes, ou psicógrafos.”
Livro dos médiuns – cap. XIV – item 159
– SOBRE O AUTOR:
Bacharel em Direito pela UFMG, com pós-graduação em Criminalidade, Violência e Direitos Humanos (ESDHC) e especialização em Ciência Policial e Investigação Criminal (ANP). Atuou como delegado da Polícia Federal e, após a aposentadoria, passou a exercer a advocacia.
Sua jornada espiritual começou em 1986, ao se vincular à Fraternidade Espírita Irmão Glacus, onde despertou sua mediunidade. Desde então, tem se dedicado ao estudo e à prática da Doutrina Espírita, com foco na mediunidade consciente e responsável.
Em 2020, fundou o Centro Espírita Virtual (CEV), com o objetivo de oferecer acolhimento espiritual e orientação doutrinária por meio de plataformas digitais.
INDICAÇÃO
O livro oferece ensinamentos e reflexões voltadas para quem está começando a desenvolver a mediunidade, com foco em responsabilidade, ética e preparo espiritual.

