IMPRESSÕES SOBRE A OBRA
– TEMÁTICA CENTRAL:
A temática dessa série de livros (Vol. 1 e 2, outros virão) é desvendar a simbologia literária do texto milenar com a chave dos princípios da Doutrina Espírita, dando outra perspectiva de leitura do texto.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
A ideia dessa série de livros surge através do “Estudo do Velho Testamento: Livro de Gênesis” iniciado em 2015 pelo Instituto SER, com sua ação evangelizadora, sob a coordenação e inspiração de Haroldo Dutra Dias. Esse estudo, ainda ativo, é transmitido online e é transcrito por algumas mãos dando assim, a este estudo, uma adaptação literária dos comentários à luz da Doutrina Espírita do livro Gênesis de Moisés. Existe, também, a contribuição de estudiosos de diversas vertentes religiosas: católicos, protestantes, Judeus que participam deste estudo, mas a chave que abre a porta para o entendimento é a que a Doutrina Espírita oferece.
– PONTOS MAIS RELEVANTES:
A Gênesis Mosaica não é um tratado de Física, Cosmologia ou Astronomia. É uma experiência com Deus criador.
Os livros do Pentateuco Mosaico foram criados para serem cantados, especialmente o livro Gênesis. As edições em hebraico possuem mais de 250 sinais que indicam acentos para quem vai cantar, como se fosse uma partitura, que pontua, quando a voz começa baixa, quando aumenta, etc.
Há muitas dificuldades de entendimento por conta dos ativismos religiosos, das fixações mentais e das interpretações arraigadas que, muitas vezes, são tão fortes em nós que algo novo nos causa desconforto.
Os tópicos iniciais tratam basicamente da Criação por Deus dos Céus e da Terra – significando a criação de “tudo” já que céus e terra em hebraico, formam uma expressão idiomática que significa “tudo”.
Os temas centrais da obra em estudo e, divididos em vários volumes serão:
Criação – origem, primeiro grande tema desses dois primeiros volumes
Aliança – casamento, pacto
Exílio – banimento, degredo
Êxodo – passagem, saída
Redenção – livramento, dissertação
Encontramos no livro A Gênese de Kardec, a necessidade de buscar sempre compreender em qualquer tempo as revelações espirituais que foram trazidas à terra ao longo dos milênios e que merecem a atenção devida, ainda que a linguagem, os costumes, a linguística dos tempos idos coloquem entraves no entendimento de hoje. Desvendar tudo isso é a proposta a que a Doutrina se propõe.
Nos diz Kardec:
“Todas as religiões tiveram seus reveladores e estes, embora longe estivessem de conhecer toda a verdade, tinham uma razão de ser providencial, porque eram apropriados ao tempo e ao meio em que viviam, ao caráter particular dos povos a quem falavam e aos quais eram relativamente superiores. Apesar dos erros das suas doutrinas, não deixaram de agitar os espíritos e, por isso mesmo, de semear os germens do progresso, que mais tarde haviam de desabrochar, ou desabrochariam um dia sob o sol do Cristianismo. É, pois, injusto se lhes lance anátema em nome da ortodoxia, porque dia virá em que todas essas crenças, tão diversas na forma, mas que repousam realmente sobre um mesmo princípio fundamental — Deus e a imortalidade da alma, se fundirão numa grande e vasta unidade, logo que a razão triunfe dos preconceitos.” A Gênese Cap. I item 8.
“Mas quem toma a liberdade de interpretar as Escrituras Sagradas? Quem tem esse direito? Quem possui as necessárias luzes, senão os teólogos? Quem o ousa? Primeiro, a Ciência, que a ninguém pede permissão para dar a conhecer as leis da natureza e que salta sobre os erros e os preconceitos. — Quem tem esse direito? Neste século de emancipação intelectual e de liberdade de consciência, o direito de exame pertence a todos e as Escrituras não são mais a arca santa na qual ninguém se atreveria a tocar com a ponta do dedo, sem correr o risco de ser fulminado. Quanto às luzes especiais, necessárias, sem contestar as dos teólogos, por mais esclarecidos que fossem os da Idade Média, e, em particular, os Pais da Igreja, eles, contudo, não o eram bastante para não condenarem como heresia o movimento da Terra e a crença nos antípodas. Mesmo sem ir tão longe, os teólogos dos nossos dias não lançaram anátema à teoria dos períodos de formação da Terra? Os homens só puderam explicar as Escrituras com o auxílio do que sabiam, das noções falsas ou incompletas que tinham sobre as leis da natureza, mais tarde reveladas pela Ciência. Eis por que os próprios teólogos, de muito boa-fé, se enganaram sobre o sentido de certas palavras e fatos do Evangelho. Querendo a todo custo encontrar nele a confirmação de uma ideia preconcebida, giraram sempre no mesmo círculo, sem abandonar o seu ponto de vista, de modo que só viam o que queriam ver. Por muito instruídos que fossem, os teólogos não podiam compreender causas dependentes de leis que lhes eram desconhecidas. Mas quem julgará as interpretações diversas e muitas vezes contraditórias, dadas fora do campo da Teologia? O futuro, a lógica e o bom senso. Os homens, cada vez mais esclarecidos, à medida que novos fatos e novas leis se forem revelando, saberão separar da realidade os sistemas utópicos. Ora, as ciências tornam conhecidas algumas leis; o Espiritismo revela outras; todas são indispensáveis à inteligência dos Textos Sagrados de todas as religiões, desde Confúcio e Buda até o Cristianismo. Quanto à Teologia, essa não poderá judiciosamente alegar contradições da Ciência, visto como também ela nem sempre está de acordo consigo mesma.” A Gênese Cap. I item 29.
– SOBRE O AUTOR
Por fim, o responsável pelo surgimento desta obra é Haroldo Dutra, ativo palestrante espírita, Juiz de Direito do Estado de Minas Gerais, Doutorando e Mestre em Neurociências, graduando em Psicologia e Biomedicina. Sócio fundador do Instituto SER www.portalser.org, dedicado ao estudo do Evangelho à luz da Doutrina Espírita, à evangelização e à educação espiritual e ao diálogo inter-religioso.
INDICAÇÃO
Não é um livro de fácil leitura. O leitor deve ser provido de farta instrução prévia sobre o Evangelho e as obras da Doutrina Espírita. Direcionado exclusivamente para amantes do estudo metódico e sistematizado.