E O AMOR FLORESCEU
“Ampara o livro Espírita em sua função de Mentor da Alma na Cátedra do Silêncio” – Emmanuel/ Chico Xavier – Livro Cura.
TÍTULO DA OBRA: E O AMOR FLORESCEU
EDITORA: EME
AUTOR ENCARNADO: PEDRO SANTIAGO
ESPIRITO: DIZZI AKIBAH
– TEMÁTICA CENTRAL:
Uma história comovente onde o personagem principal será sempre o encontro com o perdão, a reconciliação entre irmãos consanguíneos, que por motivos, muitas vezes torpes, se permitem enclausurar nos territórios da mágoa e do ressentimento. Mas, sendo da lei divina, que o amor impere entre todas as criaturas, essa mesma lei vai ao encontro dos personagens para dar a cada um segundo as próprias obras. E, entre a dor e o sofrimento, entre os embates da ilusão com a realidade desperta a consciência e as potencialidades adormecidas no íntimo de cada coração.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
Boa parte da história se desenvolve num cafezal do interior do Paraná, onde os trabalhadores desse campo, praticamente escravos, vivem entre a miséria e a necessidade sob o jugo de um patrão (Eleutério) tirano. Um empregado desse cafezal (Mateus), um personagem com olhos de ver e coração de sentir é o único capaz de amenizar a tirania de seu patrão, o único em verdade que lhe ouve a voz. Voz essa que fala de Deus, de vidas passadas, da imortalidade da alma tentando tocar o íntimo do seu patrão para as realidades da vida verdadeira. Mas existe um passado atrás de cada criatura que molda a sua personalidade, através das experiências bem ou mal vividas. E, está no conhecimento desse passado a compreensão da postura desse patrão, desse coração angustiado e sofrido, que oferece ao outro as dores da própria alma. Após a morte de seus pais na Primeira Guerra Mundial, foge da Itália e se refugia no Brasil. Porém, deixa atrás de si, em sua terra natal, três irmãos a quem deveria ter dedicado amor e proteção. Os abandona à própria sorte e toma pra si somente a herança dos pais passando a viver uma vida difícil em país estrangeiro, tornando-se um patrão
insensível e cruel.
Neste cenário vive este jovem (Mateus) idealista que fala de Deus e de sua obra e que assume para si a responsabilidade de reunir o seu patrão aos seus familiares abandonados, buscando a reconciliação dos que se sentiram prejudicados.
– PONTOS MAIS RELEVANTES:
– Mateus, viajando à Itália se encontra com os familiares de Eleutério na tentativa da reconciliação e do perdão. Tendo sempre uma postura honrada, amorosa e dedicada ao próximo cativa esse grupo de criaturas tomadas pelo rancor e pelo sofrimento e consegue implantar em seus lares o culto do evangelho e a promessa de no tempo apropriado já com os corações amenizados pelo efeito do perdão de visitar Eleutério.
– Ao longo do tempo, Mateus, já sabedor de longa data dos sentimentos de raiva e ódio que os trabalhadores da fazenda alimentavam para com o patrão pelos maus tratos a que eram submetidos e, na intenção de apagar a chama da discórdia enviava cartas a Eleutério e aos empregados, que ficaram conhecidas como “cartas misteriosas” porque eram anônimas e o conteúdo sempre versava em passagens do evangelho a semear os ensinamentos luminosos de Jesus predispondo as criaturas ao perdão, à compreensão, dando lugar ao renascimento da esperança, da fraternidade e da alegria.
– E, certamente, quando a luz da boa vontade é colocada no velador para iluminar a todos o ensinamento alcançado é que o ato de perdoar não beneficia somente aquele que pede, mas o que concede o perdão, já que retira do coração o veneno do ódio e o corrosivo da vingança, cedendo lugar ao amor fraterno que une, gera paz e promove alegria.
Como nos afirma Kardec no Evangelho Segundo o Espiritismo Capítulo X “Reconciliação com os adversários”:
“Importa, conseguintemente, do ponto de vista da tranquilidade futura, que cada um repare, quanto antes, os agravos que haja causado ao seu próximo, que perdoe aos seus inimigos, a fim de que, antes que a morte lhe chegue, esteja apagado qualquer motivo de dissensão, toda causa fundada de ulterior animosidade. Por essa forma, de um inimigo encarniçado neste mundo se pode fazer um amigo no outro; pelo menos, o que assim procede põe de seu lado o bom direito e Deus não consente que aquele que perdoou sofra qualquer vingança. Quando Jesus recomenda que nos reconciliemos o mais cedo possível com o nosso adversário, não é somente objetivando apaziguar as discórdias no curso da nossa atual existência; é, principalmente, para que elas se não perpetuem nas existências futuras. Não saireis de lá, da prisão, enquanto não houverdes pago até o último centavo, isto é, enquanto não houverdes satisfeito completamente a Justiça de Deus.”
– SOBRE O AUTOR
É locutor e apresentador na Rádio Educadora de Salvador, onde reside atualmente. Jornalista de formação católica, seu espírito inquiridor não encontrava na Igreja as respostas para as dúvidas que o angustiavam. Na busca por respostas, conheceu o espiritismo, com o qual se identificou. Autor de outros livros psicografados como “No vai e vem da vida”, “Que queres que eu faça”, “Da dor do amor”, entre outros.
Para o iniciante que gosta de conhecer a Doutrina Espírita através dos romances.