O valor da saúde
“E curai os enfermos que nela houver e dizei-lhes: é chegado a vós o Reino de Deus”.
Jesus. (Lucas, 10:9)
O mestre Jesus pregava aos seus discípulos anunciando o Evangelho, a boa nova do reino de Deus; e os doze escolhidos iam com ele a toda parte buscando conhecimento. Certamente o admiravam, porque ensinava com toda autoridade que sua imensa evolução espiritual permitia. Eles estavam sob a amorosa e verdadeira autoridade do enviado de Deus e queriam aprender e progredir.
É interessante que, por todas as localidades que passava, o tema da pregação do Cristo era o Reino de Deus, que é o estado permanente de conexão mental e espiritual com o Criador.
Qual o caminho que Jesus indicou aos seus discípulos e a todas as criaturas do orbe terrestre? Aprender a sentir a vontade amorosa de Deus, as Leis Naturais, que estão gravadas nas nossas consciências, para vivermos nossas vidas de acordo com ela.
Jesus e seus discípulos, imbuídos de amor, caridade e justiça, pelos locais que passaram, curaram muitos enfermos, com doenças de toda sorte, que atingiam os corpos físicos causando dor, desalento e exclusão social. Mas quando meditamos sobre estas curas é impossível não observar que a Jesus, e aos seus seguidores escolhidos, não interessava apenas a restauração da saúde do corpo material, mas, em especial, a correção do espírito, a volta dele aos caminhos iluminados do progresso.
Na obra de Chico Xavier, Pão Nosso, capítulo 44, o espírito Emmanuel, dissertando sobre “Curas”, registra: “que o homem comum se liberte da enfermidade, mas é imprescindível que entenda o valor da saúde”.
O benfeitor espiritual quer nos lembrar com o aviso acima que ainda temos enorme dificuldade para perceber as proveitosas lições morais e as oportunidades para o ajuste de condutas, que estão ocultas nas moléstias do corpo físico. Mas é certo também que, com bastante frequência, na vida ansiosa e desregrada que andamos levando, não trabalhamos pelo equilíbrio do nosso organismo, não cuidamos de nossa saúde.
Em geral, em meio a muitas desculpas e justificativas, cometemos desatinos ao comer, beber e nos divertir. Em muitos casos, os doentes presos nos leitos de hospital, em tratamentos longos e difíceis, oram por suas recuperações já intencionando retornar ao mesmo esquema de vida desregrado que a doença interrompeu como alerta!
É sempre lícito que estejamos em prece pela saúde ou recuperação de nossos corpos e de nossos familiares e amigos, pois eles são os veículos que nossos espíritos se utilizam para experimentar e evoluir. Entretanto é tempo de refletirmos que, se a Providência Divina atua para curar onde há merecimento, quem recebe o beneficio deve entender a necessidade da mudança de hábitos e condutas, retomando com disposição o caminho redentor. Sejamos confiantes, mas também prudentes e sensatos!
Letícia Schettino