– TEMÁTICA CENTRAL:
O autor espiritual relata diversos casos de sua experiência pessoal no socorro a encarnados, que vivenciando momentos extremos de angústia, constrangimento, medo, buscam a porta do suicídio acreditando estar aí a solução para as suas dificuldades. Participa junto a um grupo de jovens domiciliados na cidade espiritual “Céu Azul” a trabalhar ativamente no auxílio a esses irmãos encarnados com tendências a autodestruição, investigando a origem dos problemas até a aplicação da terapêutica adequada.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
A cada capítulo do livro os dramas vão se formando, demonstrando ao leitor, o quanto ainda a fragilidade da criatura humana frente ao seu orgulho e do medo de reconhecer a própria fraqueza moral é amparado pelo amor divino, acordando o ser imortal a encontrar confiança e resignação junto à Misericórdia Divina.
O socorro surge pelo apelo dos familiares que buscam a mão de Deus através da prece e, ouvidos pela misericórdia divina, são acionados grupos de socorro espiritual, a que o autor participa, iniciando-se assim, o esforço do plano maior a soerguer os que tombaram nos caminhos do desinteresse pela existência fugindo aos compromissos assumidos.
– ALGUNS PONTOS RELEVANTES:
Histórias como a de Cecília que teve seus sentimentos espezinhados por um homem insensível que a iludira com sonhos de amor e felicidade. Acreditando no amor que Abelardo dizia sentir por ela, entregou-se a ele sem reservas, cheia de esperança e de otimismo, confiante nas promessas que lhe eram feitas. Como Abelardo ainda fosse casado, pediu a Cecília que nada contasse a ninguém sobre o relacionamento entre ambos. Entretanto, após algum tempo, o interesse de Abelardo já não era o mesmo. Descoberto as intensões mentirosas de Abelardo rompem-se os laços que os uniam. Todo o amor que sentia por ele desapareceu. No lugar desse sentimento surgiu o ódio. Um ódio terrível. Desejo de fazê-lo sofrer como ela estava sofrendo, de fazê-lo pagar pela humilhação e a vergonha que sentia.
Lentamente uma ideia foi amadurecendo em sua mente. E se cometesse suicídio, responsabilizando Abelardo pelo seu ato? O pano de fundo dessa história estava pronto, fugir da vida pela porta enganosa e falsa do suicídio. Mas por trás dessa história havia outra, nascida em outra existência, em que o presente começava a aproximar outros personagens para o acerto de conta de um passado delituoso e cheio de iniquidades, que o leitor será testemunho no desfecho dessa história.
Nos diz Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. XXVIII item 71
“Jamais tem o homem o direito de dispor da sua vida, porquanto só a Deus cabe retirá-lo do cativeiro da Terra, quando o julgue oportuno. Todavia, a Justiça divina pode abrandar-lhe os rigores, de acordo com as circunstâncias, reservando, porém, toda a severidade para com aquele que se quis subtrair às provas da vida. O suicida é qual prisioneiro que se evade da prisão, antes de cumprida a pena; quando preso de novo, é mais severamente tratado. O mesmo se dá com o suicida que julga escapar às misérias do presente e mergulha em desgraças maiores.”
– SOBRE O AUTOR
Célia Xavier de Camargo é espírita, escritora com 23 livros publicados. É formada em Direito, sendo atualmente professora aposentada.
É presidente do Lar Infantil João Leão Pitta e atua na Sociedade Espírita Maria de Nazaré na área de Evangelização Infantil.
Mora em Rolândia-PR, cidade em que lecionou na Faculdade de Ciências Contábeis e Administrativas durante 12 anos.