Lucas Nunes
Lucas Nunes nasceu em 30 de julho de 1927, na cidade de Belo Horizonte-MG. Filho de Carlos Antônio Nunes e Clandira Pereira Nunes (ambos hoje mentores espirituais de tarefas na Casa de Glacus), era membro de uma numerosa família de dez filhos.
Estudou no Seminário de Diamantina até os 19 anos, quando seu pai faleceu e ele retornou a Belo Horizonte para cuidar de sua mãe e seus irmãos mais novos.
Em maio de 1955, casou-se com Mariana d’Ávila Nunes, constituindo família de sete filhos.
Pela sua competência, principalmente com a Língua Portuguesa, conjugava os verbos e os utilizava magistralmente. Pelo conhecimento que tinha de latim e matemática, passou em concurso para a Prefeitura Municipal de BH, onde trabalhou até aposentar-se. Em 1958, fez o curso de Administração Pública na Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
O pai, espírita, fazia reuniões em casa. Sua mãe, católica praticante, desde muito jovem era intermediária natural de fenômenos espirituais, dentre eles a manifestação do espírito “Jesuíno”, um preto velho que orientava e amparava toda a sua família. Esses eram os contatos que nosso irmão Lucas tinha com os espíritos desde criança.
Como sofria de insônia, lia obras espíritas antes mesmo de buscar uma casa espírita. Em 1968, começou a frequentar as reuniões semanais no Centro Espírita Oriente, onde participava da Campanha do Quilo. Foi quando começou a levar suas filhas mais velhas para a casa espírita. Desde então se dedicou à Doutrina dos Espíritos.
Foi um dos fundadores da Fraternidade Espírita Irmão Glacus e muito trabalhou, juntamente com os irmãos da primeira hora, para a construção desta casa de amor.
Atuou mais de duas décadas na coordenação das atividades de assistência social da FEIG. Foi o responsável pela organização e implantação da Campanha do Quilo (menina de seus olhos) e, consequentemente, da arrecadação de alimentos para a Sopa Reconfortante e Confecção e Distribuição das Cestas Básicas e outras tarefas implementadas ao longo de sua coordenação (banho, corte de cabelo, farmácia etc) para os mais carentes. Após sua saída da coordenação da Assistência Social, retornou para a tarefa da Campanha do Quilo e iniciou no SOS Preces até o agravamento da doença que o levou ao desencarne.
Lucas Nunes foi uma pessoa que se dedicou de corpo e alma a tudo o que decidia fazer, e não foi diferente na sua atuação na FEIG. Era um “gigante”, como o amigo Ênio Wendling o chamava em seu trabalho. Muitos companheiros de tarefa o chamavam carinhosamente de “Lucão”.
“Dediquem-se ao que se propõem a fazer e façam com responsabilidade, honestidade e dedicação”, este era seu lema e o modelo de vida que ensinava aos seus filhos, netos, familiares em geral, amigos e muitas outras pessoas que tiveram a oportunidade de conviver com ele, principalmente na FEIG.
Lucas Nunes desencarnou em 25 junho de 2001, na cidade de Belo Horizonte-MG, pouco antes de completar 74 anos de idade, de um câncer que enfrentou com resignação.
Lucas Nunes é mentor espiritual de Equipe de Visita aos Lares e Hospitais da Fraternidade Espírita Irmão Glacus.