As janelas do amor
No livro Jesus e o Evangelho: À Luz da Psicologia Profunda, Joanna de Ângelis, firmada nas excelentes colocações expostas por Allan Kardec em O Evangelho Segundo o Espiritismo, comenta um item de cada capítulo desse livro, conclamando o indivíduo à mudança de comportamento e de atitudes perante a vida. Em uma das edições do livro, a imagem da capa contempla duas janelas abertas; uma delas, pode-se entender que somos nós quem abrimos, através de nossos méritos e esforços íntimos. A outra janela, onde Jesus está, permanece sempre aberta para todos. Para abrir a primeira janela, são necessárias boas escolhas durante a jornada da encarnação na Terra. Praticando o amor, é possível abri-la. Joanna de Ângelis, no capítulo 13 (Libertação pelo amor) da obra supracitada esclarece que “Amando-se, ultrapassa-se a própria humanidade na qual se encontra o ser, para alcançar-se uma forma de angelitude, que o alça do mundo físico ao espiritual mesmo que sem ruptura dos laços materiais. Todo esse concerto de afetividade inicia-se no respeito por si mesmo, na educação da vontade e no bom direcionamento dos sentimentos, de forma que a autodescoberta trace conduta saudável que irradie harmonia e alegria de viver, tornando a existência física aprazível seja em que forma se apresente, não sofrendo as alterações dos estados apaixonados e dos gostos atrabiliários.” Esses ensinamentos nos levam a refletir que a Terra se assemelha a uma enorme escola, onde estamos todos nós, conectados uns aos outros, direta e indiretamente. Nossas múltiplas vidas, com suas cadeias de sucessões de acontecimentos, nos levam – através de suas particulares lições – a abrir a janela do amor verdadeiro, tal como o Mestre que nos guia: aquele que necessita ser reconhecido como amigo de todas as horas, nosso amado Jesus.
Denise Castelo Nogueira