Sementes
Na Parábola do Semeador, Jesus recorre à natureza para facilitar a nossa compreensão acerca da evolução espiritual no planeta Terra. Ao afirmar “Eis que o semeador saiu a semear”, o Mestre nos convida a receber a semente da Boa Nova no terreno de nossos corações e nos lembra que somos semeadores e devemos escolher, com amor, as sementes lançadas nos ambientes que frequentamos.
O Mestre continua: “E, quando semeava, uma parte da semente caiu ao pé do caminho, e vieram as aves e comeram-na” (Mt13:4). Ele exemplifica os tipos de terrenos de acordo com o nosso processo evolutivo. Isso não quer dizer que somos iguais a esses terrenos mas, sim, que nos comportamos como os vários exemplos de terreno citados por Jesus ao longo do tempo.
Há dias em que, ao receber o convite da espiritualidade amiga para estudar a Doutrina Espírita, participar das reuniões públicas, e praticar a caridade, agimos como aqueles que estão à margem do caminho e que, ao receberem o convite para o bem, deixam que os interesses materiais e as influências inferiores devorem as sementes do Mestre, alterando o seu trajeto.
Jesus continua: “E outra parte caiu em pedregais, onde não havia terra bastante, e logo nasceu, porque não tinha terra funda. Mas, vindo o sol, queimou-se e secou-se, porque não tinha raiz.” (Mt 13:5-6). Quando nos comportamos como o terreno pedregoso, árido, sem empatia, sem caridade e sem amor fraternal, recebemos as sementes do Evangelho, e não as permitimos crescer, logo, elas são queimadas pelo sol do nosso egoísmo, impedindo-nos de seguir em frente com o Mestre.
Outras vezes, nos comportamos como a terra cheia de espinhos, ficamos animados com o convite da Boa Nova, ficamos motivados, mas, rapidamente, os espinhos, como o do ódio, da ganância e do egoísmo sufocam as sementes que não desenvolveram raízes profundas no bem.
Muitas vezes, entretanto, representamos a terra fértil na qual a semente do Evangelho é acolhida, aconchegada e produz frutos que contribuem para a nossa elevação espiritual.
Assim o importante é nos reconhecermos e atuarmos como terrenos em processo de adubação e cultivação de conhecimento e de amor, com grande potencial para espalhar sementes e cultivar outros terrenos na Seara de Jesus.
Francisleny Lopes