MEDIUNIDADE DOS SANTOS
“Ampara o livro Espírita em sua função de Mentor da Alma na Cátedra do Silêncio” – Emmanuel/ Chico Xavier – Livro Cura.
TÍTULO DA OBRA: MEDIUNIDADE DOS SANTOS
EDITORA: FEB e IDE
AUTOR ENCARNADO: CLOVIS TAVARES
– TEMÁTICA CENTRAL:
Aborda a trajetória dos santos católicos, como mediadores da bondade divina, através da mesma fenomenologia que foi, no século XIX, esclarecida por Allan Kardec, através dos fenômenos espirituais protagonizados por eles, de visões de espíritos a materializações, estigmas e poder de cura.
– DESENVOLVIMENTO DA OBRA:
Não foi objetivo do autor analisar os fenômenos psíquicos fartamente encontrados na vida dos santos católicos como Joana D’arc, Francisco de Assis, Tereza d’Avila, Santa Clara e muitos outros, porém estabelecer a relação entre a natureza dos mesmos e o nível evolutivo dos protagonistas.
Os capítulos são divididos segundo a aptidão mediúnica de cada santo, como clarividência, clariaudiência, xenoglossia, psicografia, zoantropia, levitação, mediunidade curativa, premonição entre outros. São fatos familiares aos estudiosos e praticantes do espiritismo.
Todos os relatos mediúnicos da vida dos santos católicos neste livro foram extraídos de sua biografia.
No Livro dos Médiuns cap. XIV item 159 nos esclarece Kardec:
“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são, mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva. É de notar-se, além disso, que essa faculdade não se revela, da mesma maneira, em todos. Geralmente, os médiuns têm uma aptidão especial para os fenômenos desta, ou daquela ordem, donde resulta que formam tantas variedades, quantas são as espécies de manifestações.”
– PONTOS MAIS RELEVANTES:
Santa Clara de Montefalco, à semelhança de Chico Xavier recebia, com os mesmos motivos de utilidade espiritual, notícias de desencarnados e pedia orações em favor dessas almas. Tinha visões da Paixão de Cristo. Chegou a ver toda a série do dolorosíssimo espetáculo da santa ceia até a sepultura; viu o beijo de Judas e a prisão; viu o abandono dos discípulos e os escárnios dos soldados e do povo; viu os flagelos, os espinhos, os cravos, a crucificação e as aflições de Maria; ouviu as palavras de Jesus no horto, nos tribunais, sob a cruz e no Calvário. No momento do seu desencarne uma freira viu Maria Santíssima com um séquito de muitos espíritos celestes, indo ao encontro da alma de Clara para incorporá-la ao seu cortejo e escolta-la ao paraíso.
São João Batista Vianney, Cura d’Ars o procuravam 20 mil pessoas anualmente a fim de encontrar perto dele a paz da alma e escutar sua palavra. Dotado de uma especial graça de visão, poucas palavras lhe bastavam para alcançar o ponto doloroso de cada uma daquelas consciências. O pároco permanecia, habitualmente, quinze horas por dia em seu confessionário. No Evangelho Segundo o Espiritismo temos uma mensagem dessa nobre alma no Cap. VIII – “Bem aventurados os que têm fechado os olhos”.
São muitos os exemplos de dedicação e amor ao próximo, referenciados neste livro, que os santos de Deus promovem na terra, com o fito de despertar a criatura para a verdadeira vida, a vida abundante a que se referia Jesus.
A conclusão que se chega na leitura do livro é reconhecer que não é a mediunidade em si que engrandece o missionário da luz no mundo, mas sim a nobreza espiritual do servidor de Deus a revelar-se em sua vida inteira, inclusive na atividade mediúnica.
– SOBRE O AUTOR
Bacharel em direito, professor de história e de direito internacional.
Inconformado com a morte da esposa, foi informado por amigos de que o espírito de Nina (esposa) havia se comunicado, vindo desse modo a entrar em contato com a doutrina espírita. As mensagens, inicialmente através da mãe dela, e posteriormente pelo médium Francisco Xavier, não lhe deixaram dúvidas acerca da sobrevivência da alma.
Desse modo, em 27 de outubro de 1935 fundava a “Escola Jesus Cristo de Evangelização para Infância”, idealizada por Nina, a que se dedicou, vindo a transformá-la, posteriormente, na “Instituição Espírita Escola Jesus Cristo”, em função da grande afluência de adultos, responsáveis de educação das crianças. Junto com os colaboradores da instituição, criaram dois orfanatos, “A Casa da Criança”, para o atendimento a meninas, e “O Lar dos Meninos”, para o atendimento a estes, além de vários outros departamentos comuns em instituições espíritas.
Em 12 de junho de 1936 veio a conhecer Francisco Cândido Xavier na sede da Federação Espírita Brasileira, de quem se tornara amigo, sempre convidando-o a passar férias em sua casa em Campos.
Escritor de diversas obras espíritas, como Sementeira cristã, Vida de Allan Kardec para a infância, Trinta anos com Chico Xavier, entre outros.
Desencarnou em 13 de abril de 1984.
Um livro para os pesquisadores espíritas.