Laura Mano Horta
Laura Mano Horta nasceu no dia 11 de outubro de 1920 na cidade de Juiz de Fora (MG). Casou-se com o engenheiro José Cristo Horta e com ele mudou-se para Belo Horizonte. Enfermeira da Cruz Vermelha, foi uma mulher caridosa e de tal simplicidade que abdicou se do próprio luxo.
No caminho de dever com os mais necessitados recebeu total apoio do marido nas ações de caridade que ela realizava. Infelizmente, Laura não pode ter filhos biológicos, mas isso não a impediu de ser mãe. Adotou quinze crianças de nacionalidades e etnias diferentes, criou todos com igual amor sem distinção alguma. Grande educadora do lar, gostava de ensinar a arte da costura, do bordado, da cozinha e também transmitia a todos de seu círculo ensinamentos éticos. Não gostava de mentiras e incentivava os filhos a falarem sempre a verdade. Era um exemplo de amor ao próximo.
Apesar de ter uma casa muito movimentada, a harmonia estava sempre presente e o marido José, muito alegre e brincalhão, colocava apelidos afetuosos em todos os filhos. Laura tinha alma de artista, era criativa e habilidosa. Pintou lindas telas, costurava e bordava, revelou-se uma excelente quituteira na cozinha.
Era uma mãe que ensinava, que educava com muita paciência e passava valores espirituais pela palavra e pelo exemplo de muita fé, sem preconceitos e muito aberta a qualquer questão. Frequentou o Centro Espírita Oriente e a Casa Espírita André Luiz, em Belo Horizonte. Realizava o culto evangélico no Lar todas as quartas feiras em sua casa que abria sempre com canções espíritas que emocionava todos que estavam presentes.
O comportamento de elevado cunho cristão também estava presente nas comemorações como o Natal. Eduardo Condé, um dos cunhados de Laura conta que ela gostava de enfeitar a mesa farta com velas e flores sobre a toalha bordada e na árvore de Natal colocava pisca-pisca com os presentes embaixo, faixas e guirlandas que também ajudavam a decorar o ambiente. Alguns minutos antes da meia noite, as luzes eram apagadas e as velas eram acesas com o ruído do ambiente diminuindo e até as crianças se aquietavam, Laura se punha de pé à cabeceira da mesa, fechava os olhos e pronunciava sempre uma linda oração falando do nascimento de Jesus e o seu significado para todos.
Desencarnou no dia 27 de outubro de 1987 aos 67 anos.
Laura é mentora de equipe de visita aos Lares da FEIG e através do seu exemplo de mãe amorosa, mulher de fé e de obras nos orienta e incentiva à bondade, caridade, ao amor e ao respeito com o próximo.