O egoísmo, o orgulho e o bem

Em o livro dos Médiuns, Kardec pergunta aos espíritos orientadores quais as condições para que as comunicações mediúnicas cheguem puras, sem alterações, e recebe como resposta que os médiuns devem superar o egoísmo e o orgulho. Devem acima de tudo desejar e praticar o bem. Reflitamos: Ao egoísmo, se opõem as virtudes da justiça e da generosidade. Praticar a justiça, segundo o Evangelho, requer a compreensão da lei de igualdade: somos diferentes, singulares e devemos tratar cada irmão nos lembrando dessa realidade. Somos irmãos e a fraternidade é o amor que considera a lei da igualdade que respeita as diferenças. As diferentes formas de preconceito são expressões do egoísmo.

O orgulho decorre da ilusão provocada pelo egoísmo que nos leva a acreditar que essa nossa personalidade temporária é muito importante, especial e superior aos demais com quem convivemos e interagimos. Como seres em evolução essa é apenas mais uma encarnação para vencermos nossas imperfeições. Ao orgulho se contrapõe a humildade. Emmanuel nos ensina que ser humilde é reconhecer seu lugar na criação e agir colaborando para a realização da obra maior de Deus. Somos parte de uma engrenagem e cada peça tem seu valor específico. Quando aceitamos essa realidade praticamos a humildade agindo com consciência.

O amor, segundo Joanna de Ângelis, se multiplica quanto mais se divide quanto mais se doa. Fazer o bem é exercitar esse amor, doando do que somos, do que temos e do que detemos temporariamente. Esse é o caminho para superar o egoísmo e o orgulho.

Ao médium, sobretudo, cabe elaborar uma nova consciência de si mesmo como ser em evolução ainda imperfeito, mas se usar a sua vontade com método e disciplina será a cada dia um instrumento melhor para servir ao Cristo.

Lúcia Elena