Na casa espírita

“Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou eu no meio deles.” — Jesus. (MATEUS, 18:20.)

 

Jesus afirmou que estaria sempre ao lado daqueles que se reunissem, com seriedade e fé, em seu nome. Para encontrar nosso Pai não nos bastará os bons sentimentos, mas fundamentalmente as atitudes no bem. Servir amorosamente, buscando a melhoria pessoal, é o desafio. Sob a proteção da Doutrina Espírita, todos nós, trabalhadores e frequentadores da casa devemos compartilhar ideias, tarefas, deveres e, fundamentalmente, afeto, respeito e amizade.

Nessas circunstâncias, os aprendizes leais ao Divino Mestre, devem manterse conectados aos Espíritos Superiores, libertando-se dos convencionalismos e vaidades terrestres, agindo com a própria consciência e com a melhor compreensão de responsabilidade. Afinal, adentramos a casa espírita por motivos diversos, mas não podemos nos esquecer que a meta maior é educarmo-nos, espiritualizarmos fraternalmente e progredirmos rumo ao Pai. Cada qual no seu tempo…

Na obra Conduta Espírita, ditada pelo espírito André Luiz ao Waldo Vieira, um capítulo é dedicado exclusivamente a nos orientar sobre a melhor maneira de estarmos juntos e em respeitoso contato com os espíritos superiores e amigos nas reuniões da Casa Espírita. Sendo os salões de reunião fraterna locais previamente escolhidos para nossos encontros com os mentores do plano espiritual e para nossa educação evangélica, cabe-nos, a cada oportunidade, sermos pontuais, discretos e atenciosos as exposições dos oradores. Evitar a conversação excessiva, o uso dos aparelhos celulares, os bocejos e qualquer atitude que possa dificultar a harmonia dos pensamentos, a paz e o progresso de todos, é sinal de boa educação e caridade.

Lembramos que o Espiritismo tem como um dos objetivos a Reforma Íntima do homem através da sua conscientização pelo Evangelho do Divino Mestre, não possuindo nenhum tipo de compromisso com dogmas ou sacramentos criados por mãos humanas. A terapia do passe, a fluidificação das águas e as orientações espirituais, dentre outras atividades, deverão ocorrer com disciplina e simplicidade. A disposição para servir em nome de Jesus e, humildemente, sob a orientação dos espíritos são requisitos importantes! 

O espírito Ermance Dufaux nos diz que a beleza da vida está no ato de todos serem diferentes e terem algo de novo a nos ensinar. E que compete-nos abrir nossos corações para esse mundo novo de vivências altruístas e ricas de diversidade que é a convivência na Casa Espírita. Concluímos afirmando que o amor e o respeito pelas diferenças, em qualquer tempo e lugar, consolidam a fraternidade em louvor à lei do bem, pois: “Ditosos serão os que houverem trabalhado no campo do Senhor, com desinteresse e sem outro móvel, senão a caridade.”(*)

Letícia Schettino

Bibliografia:
Obra Conduta Espírita, André Luiz, por Chico Xavier.
Obra Prazer de Viver, Ermance Dufaux, por Wanderley Oliveira.
(*) O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo 20, item 5, Allan Kardec