Praticar o desapego é um ato de libertação

Joanna de Ângelis, mentora de Divaldo Franco, trouxe uma elucidativa mensagem no dia 15 de janeiro de 2004, enquanto Divaldo estava em Miami, Flórida, Estados Unidos. A mensagem chama-se Apego e Libertação1 . Joanna nos diz: “beleza ou feiúra, saúde ou enfermidade, inteligência ou idiotia, são decorrências naturais das conquistas e prejuízos conseguidos nas experiências anteriores, ensejando reparação ou aprimoramento interior, a fim de que a vida estue em plenitude”. Segundo Joanna, “nosso corpo físico é uma máquina sublime que a divindade empresta ao espírito e este se organiza conforme as necessidades de evolução, portanto é um empréstimo a fim de que o ser aproveite a oportunidade da reencarnação e desenvolva e aprimore a moral”. Tudo aqui neste mundo é transitório em suas expressões materiais. Portanto, como nos diz a mentora, “perseguir as ilusões da posse, do destaque político ou social, religioso ou artístico, científico ou cultural, estético ou afetivo, desembocam em verdadeiros desastres interiores, que se apresentam como depressões, agressividade, violência, lutas contínuas, homicídios e suicídios lamentáveis”. Se essas ambições fossem usadas enquanto recursos à disposição de se alcançar metas verdadeiras em prol de promover o bem maior, valeria o esforço envidado. Nos diz Joanna: “acautela-te a respeito de qualquer tipo de apego”. É fundamental nos despojarmos de toda uma carga de crenças e falsas ilusões, as quais acabamos nos apegando, e elas pesam muito, tal como um verdadeiro fardo, nos impossibilitando de ver a realidade como ela realmente é e de perseguir objetivos reais que conduzam concretamente a nossa evolução individual, que, por conseguinte, impacta o coletivo. A mentora enfatiza: “com esta atitude emocional superarás questiúnculas e desafios infantis, caprichos e sentimentos de mágoas, de inferioridade ou de superioridade, aos quais te aprisionas por orgulho ou presunção, descobrindo a felicidade de viver com equilíbrio”. Joanna ao final desta preciosa elucidação sobre o desapego, conclui nos lembrando da importância de não acumularmos bens materiais que não nos fazem falta, que ocupam espaços, permanecem cobertos de poeira e esquecidos pelo tempo. Ela fala inclusive de medicamentos não utilizados, com data de validade em dia, que poderiam ser utilizados por quem precisa, mas que para nós não tem serventia e acabarão sendo descartados devido ao prazo de validade. Conclui a mentora: “a existência somente tem sentido profundo quando o indivíduo descobre a arte de auxiliar, tornando-se célula pulsante e valiosa do conjunto social. […] Desse modo, perceberás melhor que os teus são problemas de pequena monta diante dos inabordáveis desafios que se apresentam para outras pessoas, algumas das quais lutam sem descanso, confiando e mantendo alto padrão de harmonia interior. Outras, no entanto, que não têm a mesma resistência moral, sob tais conjunturas, derrapam no crime e na loucura.[…] Com visão fraternal desenvolvida constatarás que alguns dos órgãos que hoje constituem apoio para o teu crescimento espiritual, depois de utilizados e em perfeito estado, quando não mais necessitando deles, poderás doá-los desde já a outros companheiros de jornada que os carecem, a fim de ensejarem continuidade ao processo iluminativo da reencarnação, que te bendirão mesmo ignorando o teu gesto”.

 Denise Castelo Nogueira

 1 FRANCO, Divaldo Pereira pelo Espírito Joanna de Ângelis . Página psicografada pelo médium Divaldo P. Franco, no dia 15 de janeiro de 2004, em Miami.

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