A prece pode transformar

“A mente centralizada na oração pode ser comparada a uma flor estelar, aberta ante o infinito, absorvendo-lhe o orvalho nutriente da vida e luz.”1
A prece, quando feita com a mente sintonizada com o plano superior, e aliada à higiene do espírito, nos coloca em contato direto com o Criador. André Luiz, na citação acima, nos esclarece que ao orarmos com a “mente centralizada”, criamos as condições necessárias para recebermos do mais alto o “nutriente” divino que irá nos beneficiar, seja qual for a nossa necessidade. Ao orarmos com amor e sinceridade, nos “blindamos” contra o mal, nos ligamos ao plano superior e criamos campo para que o bem maior, por meio da espiritualidade amiga, consiga se ligar a nós e trazer o lenitivo de luz que tanto necessitamos.
“A prece é o amor que beija o sofrimento e o consola, é a caridade que envolve o infortúnio e reanima o sofredor, retemperando-lhe as energias.”2
Por meio da prece, nossa caminhada neste planeta, que por vezes se faz tão sofrida, se transforma em suave escalada rumo à nossa própria redenção, ela é a luz que se acende em meio à tenebrosa nevoa de pessimismo que paira no ambiente terreno, é o alimento indispensável do Espírito que estagia na matéria grosseira para se depurar.
Como o relâmpago prenunciando a tempestade, a oração precede o eflúvio de sentimentos maravilhosos que invade o imo daquele que se eleva e comunga do amor divino com toda a criação.
Seja no êxtase ou na petição, na alegria ou na aflição, na dor ou na gratidão, a prece nos eleva acima das vicissitudes da matéria a exteriorizar e elevar nossa mente e coração.

Fábio Noronha

Bibliografia:
1 Mecanismos da Mediunidade. Chico Xavier, por André Luiz. Cap. 25.
2 O Cavaleiro de Numiers. Yvonne do Amaral Pereira,
por Charles. Parte 4, cap. 3.

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